segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Francisco Louçã: “A crise tem responsáveis”




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31-Ago-2009
Sessão de encerramento do Fórum Socialismo 2009 - Foto de Paulete Matos
“A crise tem responsáveis. Os responsáveis têm nome. É preciso acabar com a irresponsabilidade”. Assim sintetizou Francisco Louçã, no encerramento do Socialismo 2009, as ideias fundamentais do Bloco para estas eleições. Louçã fechou a iniciativa de debate e proposta do Bloco Esquerda em Almada (Cacilhas) com um discurso de alternativa ao “bloco central” e à direita. O coordenador do Bloco falou da necessidade de  “democracia e justiça na economia”, e adiantou medidas concretas para combater o desemprego, a crise e os seus responsáveis. Ver galeria de fotos do Socialismo 2009.  Francisco Louçã discursou este domingo, dia de encerramento do Socialismo2009, na iniciativa de debate e proposta do Bloco de Esquerda que se realizou este ano pela terceira vez. Perante centenas de apoiantes que encheram a sala, Louçã expôs as ideias fortes do Bloco e as propostas de democracia, rigor e justiça.
“O Bloco tem razão”, disse Louçã referindo-se a propostas já avançadas no programa eleitoral como a transparência pública, o imposto sobre as grandes fortunas, o fim do sigilo bancário ou as propostas fundamentais em relação à segurança social. “Há uma dívida que tem de ser paga a quem trabalhou a vida inteira”, disse Louçã. Foi uma das mais aplaudidas frases da tarde. Francisco Louçã disse que está em causa “a alternativa entre a modernidade e o atraso”, denunciando as práticas do governo e as propostas da direita.“O CDS quer tirar aos pobres, o PSD defende a especulação e o ataque aos salários. E o PS reduziu as pensões”, disse. “Atraso é o veto das uniões de facto de Cavaco. E atraso é também querer privatizar a água, como querem PS e PSD”, disse ainda o coordenador do Bloco.
Francisco Louçã qualificou ainda as propostas de governação do “bloco central” de “aventura irresponsável, de devastação e de desemprego”. “É preciso uma maioria que seja fiel à esquerda”, disse.  Brincando com uma canção dos Xutos e Pontapés (“Sem eira nem beira”), Louçã disse “Anda tudo do avesso/ Nesta rua que atravesso/ Dão milhões a quem os tem/ Aos outros um passou - bem”. E concluiu: “O Sr. Engenheiro não nos dá atenção. Mas isto vai mudar”.
Veja a intervenção na íntegra em quatro vídeos: primeirosegundoterceiro equarto.

O que eles "sabem"


Diz Murteira Nabo que o "papel do Estado é fundamental". Não se escusa também de dizer que " a economia portuguesa não é ainda suficiente madura para ter um modelo neo-liberal". Pena é só agora ter chegado a essa conclusão.

Querem fazer mais experiências à custa de pouco dinheiro dos que já têm pouco, para depois dizerem...afinal enganámos-nos...outra vez!

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Apresentação da candidatura autárquica - 13.08.09

O Bloco de Esquerda apresentou hoje, pelas 15 horas, no Tribunal da Marinha Grande as Listas de Candidatos ás Autárquicas 2009.

Foi, assim o primeiro partido político a apresentar a sua Candidatura.

Estiveram presentes os Candidatos Amândio Fernandes, José Rodrigues, António Gomes e José Silva. A apresentação da Candidatura contou ainda com a presença dos Mandatários: Mandatário de Candidatura - Alexandre Moreira, advogado, de 31 anos, Mandatária para a Juventude - Joana Gomes, Estudante, 18 anos e o Mandatário Financeiro - Vitor de Sousa, Reformado, de 60 anos e ainda a Delegada do BE Cristiana de Sousa, 29 anos, Administrativa.

O Bloco de Esquerda "tem a coragem de pôr as pessoas em primeiro lugar", e é a "OPÇÃO" no Concelho.

A candidatura do Bloco de Esquerda, "SEM TELHADOS DE VIDRO", aos órgãos autárquicos municipais da Marinha Grande é constituída por uma equipa responsável, consciente do desafio que tal tarefa encerra e capaz de assegurar uma intervenção que concorra para o esforço colectivo necessário ao desenvolvimento local e procura do bem-estar da nossa gente.

O programa desta Candidatura de homens e mulheres assenta sobre o propósito de contribuir para uma maior transparência do exercício das funções autárquicas e, consequentemente, na procura de um maior envolvimento da população nos actos próprios da administração local contribuindo, deste modo, para uma maior proximidade entre quem está eleito e quem elege. Do ponto de vista das grandes opções, o programa do Bloco de Esquerda assenta sobre três eixos de desenvolvimento fundamentais. Eixos esses que queremos estratégicos e, simultaneamente, como pano de fundo para o desenvolvimento de todas as politicas municipais. São eles: Gestão Autárquica, a Cultura e o Ambiente.

Lista á Câmara Municipal:

  • Amândio João Paula Fernandes, 52 anos, Técnico de vendas
  • Ana Maria de Sousa Reis Mendes, 39 anos, Professora
  • Fidel Sousa Franco, 33 anos, Advogado
  • Nuno Miguel Lopes Machado, 35 anos, Verificador de Qualidade
  • Isabel Maria dos Santos Rodrigues, 54 anos, Assistente Técnica

Lista á Assembleia Municipal:

  • José Joaquim Saraiva Rodrigues, 57 anos, Professor
  • Cristiana Martins de Sousa, 29 anos, Secretária Administrativa
  • Alexandre Paulo Ferreira Moreira, 31 anos, Advogado
  • Marco Alexandre Marques da Silva, 26 anos, Engenheiro de Ambiente
  • Aurélia Lopes Pereira de Sousa, 31 anos, Gestora de Recursos Humanos

Lista á Junta de Freguesia da Marinha Grande:

  • António Manuel Fonseca Gomes, 47 anos, Electricista
  • Vítor Francisco Pereira de Sousa, 60 anos, Reformado
  • Liliana Paula Nunes Fernandes, 30 anos, Enfermeira

Lista á Junta de Freguesia de Vieira de Leiria:

  • Vítor Jorge Garcia das Neves, 36 anos, Responsável Comercial
  • Aquilino Ferreira, 53 anos, Designer Gráfico
  • Natália Sofia Nunes Pedrosa, 28 anos, Assistente Operacional

Lista á Junta de Freguesia da Moita:

  • José de Jesus da Silva, 53 anos, Metalúrgico
  • Pedro Manuel das Neves, 33 anos, Programador
  • Leandra Filipa Marques da Encarnação, 23 anos, Operária Fabril

Saudações Bloquistas

Cristiana

domingo, 9 de agosto de 2009

Programa do PSD...

Este vai ser o Programa do PSD
com reinado de MFL...





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Israel monta equipa para guerra na web


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07-Ago-2009
CiberguerraO Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel montou uma equipa cuja tarefa é navegar na Internet 24h por dia, disseminando boas notícias sobre Israel. Os seus membros trabalham sob disfarce e fazem tudo para desacreditar os que defendem os direitos humanos e justiça para os palestinianos.
Por Jonathan Cook, em Nazaré

O forte apoio a Israel expressado nas secções de conversa dos sítios web, nos fóruns da Internet, nos blogs, no Twitter e Facebook, pode não ser tudo aquilo que parece.

Foi noticiado que o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel iria estabelecer uma equipa especial e incógnita de trabalhadores cuja tarefa seria navegar na Internet 24h por dia, disseminando boas notícias sobre Israel.

Jovens israelitas sedentos de Internet, principalmente aqueles que se formaram recentemente e soldados desmobilizados com conhecimentos de línguas, estão a ser recrutados para actuarem como cibernautas normais enquanto divulgam as posições do governo sobre o conflito no Médio Oriente.

"Para todas as intenções e propósitos, a Internet é um teatro de operações no conflito israelo-palestiniano e nós temos de ser activos nesse teatro, caso contrário, perdemos", disse Ilan Shturman que é o responsável pelo projecto.

A existência de uma "equipa de Guerra na Internet"surgiu quando foi incluída no orçamento deste ano do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Cerca de 150.000 dólares foram postos de lado para a primeira fase de desenvolvimento, com um acréscimo esperado para o próximo ano.

A equipa ficará sob a autoridade de extenso departamento que já lida com aquilo a que os israelitas apelidam de hasbara, oficialmente traduzido por "explicações públicas", mas que geralmente significa propaganda. Inclui não apenas o trabalho de relações públicas do governo como também assuntos mais secretos que o ministério tem com várias organizações privadas e iniciativas que promovem a imagem de Israel na imprensa, na TV e na Internet.

Numa entrevista dada este mês ao jornal de negócios Calcalist, Shturman, o director-adjunto do departamento do hasbara, admitiu que a sua equipa estava a trabalhar sob disfarce.

"Os nossos agentes não dirão: ‘Olá, eu sou do departamento de hasbara do Ministério dos Negócios Estrangeiros e quero-lhe dizer o seguinte'. Nem se identificarão necessariamente como israelitas", disse ele. "Falarão como cibernautas e cidadãos e vão escrever respostas que parecem pessoais mas serão baseadas numa lista de mensagens que o Ministério desenvolveu."

Rona Kuperboim, colunista no Ynet, o site de notícias mais popular de Israel, denunciou a iniciativa acrescentando que era um indicador de que Israel se tinha tornado num "estado polícia do pensamento".

Disse ainda que "boas relações públicas não tornam a realidade nos Territórios Ocupados mais bonita. Estão a ser mortas crianças, lares estão a ser bombardeados e famílias estão a morrer à fome."

A sua coluna foi saudada por vários talkbackers1 que perguntaram como é que podiam candidatar-se a esse trabalho na equipa do Ministério.

O projecto é a formalização das práticas de relações públicas que o ministério desenvolveu especificamente para o ataque de Israel a Gaza em Janeiro e Fevereiro últimos.

"Durante a Operação em Gaza, apelámos às comunidades judaicas no estrangeiro e, com a sua ajuda, recrutámos alguns milhares de voluntários que se juntaram a outros israelitas", disse o Sr. Shturman.

"Nós fornecemos o material de enquadramento e de hasbara e enviámo-los para representarem o ponto de vista de Israel no sites de notícias e em sondagens na Internet."

Não obstante ter sido criticado por organizações de direitos humanos por enganar os visitantes sobre aquilo que era mostrado nas imagens, o exército israelita também teve uma conta num dos sites mais populares no site de partilha de vídeos, YouTube, onde disponibilizava vídeos regularmente.

O sr. Shturman afirmou que durante a Guerra, o ministério tinha de concentrar as suas actividades nos sites europeus onde as audiências eram mais hostis à política de Israel. Nos lugares cimeiros da lista estariam o site daBBC News e sites árabes, acrescentou ainda.

Elon Gilado, que lidera a esquipa, disse ao Calcalist que muitas pessoas contactaram o ministério oferecendo os seus serviços durante o ataque a Gaza. "Pediam informações e depois víamos que estas eram distribuídas por toda a Internet."

Sugeriu que teria havido cooperação generalizada do governo e do Ministério da Integração a fornecer contactos de centenas de imigrantes recentes em Israel que escreveram material pró-israelita nas suas línguas maternas para sites.

Espera-se que a nova equipa aumente o grau de cooperação entre o Ministério e um grupo privado de activismo, giyus.org (Give Israel Your United Support - Dá a Israel o Teu Apoio Unido). Cerca de 50 000 activistas fizeram o download do programa designado por Megaphone que envia alertas para os seus computadores quando um artigo crítico de Israel é publicado. Posteriormente, eles devem bombardear o site com mensagens e comentários de apoio a Israel.

Nasser Rego do Ilam, um grupo baseado em Nazaré que monitoriza os média israelitas, afirmou que as organizações árabes em Israel estão entre aquelas que são um alvo regular dos grupos de hasbara para um "assassinato de carácter" e receia que esta nova equipa tente dar um aspecto mais profissional e convincente a este tipo de trabalho.

"Se estas pessoas não estão a representar-se como deve ser, podemos concluir que não se preocuparão em descrever erradamente os indivíduos e organizações de que falam. Claramente, o seu objectivo será desacreditar aqueles que defendem os direitos humanos e justiça para os palestinianos."

Quando o The National contactou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Yigal Palmor, um representante, negou a existência da equipa da Internet, embora tenha admitido que alguns funcionários estavam a iniciar a exploração dos novos meios de comunicação.

Declinou dizer quais os comentários do sr. Shturman e do sr. Gilad foram mal descritos pelos média de língua hebraica e disse que o Ministério não tomaria nenhuma acção sobre os relatórios.

Israel desenvolveu uma aproximação cada vez mais sofisticada aos novos média desde que lançou a campanha "Marca Israel" em 2005.

Estudos de Mercado persuadiram os responsáveis de que Israel deveria publicar boas notícias sobre sucesso no mundo empresarial e publicar igualmente descobertas científicas e médicas que envolvem israelitas.

O sr. Shturman afirmou que o seu pessoal iria procurar usar os sites para melhorar "a imagem de Israel como um estado desenvolvido que contribui para a qualidade do ambiente para a humanidade".

David Saranga, chefe de relações públicas do consulado-geral de Israel em Nova Iorque, que tem pressionado para uma maior publicação de mensagens sobre Israel, defendeu que este está em desvantagem perante o activismo pró-palestiniano.

"Ao contrário do que acontece no mundo muçulmano, no qual centenas de milhões adoptaram a narrativa palestiniana contra Israel, o mundo judeu conta apenas com 13 milhões", escreveu no Ynet.

Israel está particularmente preocupado com o facto de que o apoio está a desvanecer entre as gerações mais jovens da Europa e dos EUA.

Em 2007, surgiu uma notícia sobre o Ministro dos Negócios Estrangeiros estar por detrás de uma sessão de fotografias publicada na Maxim, um revista para homens muito popular nos EUA, na qual soldados israelitas mulheres posaram em fato-de-banho.

Jonathan Cook é escritor e jornalista baseado em Nazaré, Israel. Os seus últimos livros são "Israel and the Clash of Civilisations: Iraq, Iran and the Plan to Remake the Middle East" (Pluto Press) e "Disappearing Palestine: Israel's Experiments in Human Despair" (Zed Books). O seu site é www.jkcook.net

22 de Julho de 2009

Tradução de Sofia Gomes

1 Talkbackers são indivíduos frequentadores e criadores de blogs, fóruns e comunidades de discussão na Internet.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

COMICIO NA PRAIA DE VIEIRA DE LEIRIA

Em mais um Comício do Bloco de Esquerda, na Praia de Vieira de Leiria (Marinha Grande), o cabeça de lista do Bloco pelo Círculo Eleitoral de Leiria, Heitor de Sousa, destacou alguns dos maiores problemas do distrito, começando pela ausência de tratamento dos efluentes suinícolas. "Se há exemplo neste país de incompetência governativa e falta de vontade política, a nível nacional, regional ou local para atacar a sério este problema, é a resolução do enorme passivo ambiental" afirmou. Vê as fotos.

Heitor de Sousa, salientou ainda o problema do emprego, referindo-se ao encerramento de 84 empresas no distrito que atiraram para o desemprego mais de mil homens e mulheres.

O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, criticou a entrega de gestão dos hospitais públicos a grupos privados, acusando o Governo de não ter critério na política de saúde.

No comício, Francisco Louçã renovou as críticas ao sector bancário, à privatização das Estradas de Portugal, ao negócio do Porto de Lisboa, ao governo PS e á presidente do PSD, acusando-a de ter desvalorizado a crise.

Francisco Louçã, desafiou ainda os outros partidos a apresentarem as propostas para o país, como o Bloco já fez ... " a política social, o combate á pobreza, o combate ao desemprego" têm de ser "prioridades", afirmou.

A abrir o Comício, Vítor Neves, candidato à Junta de Freguesia de Vieira de Leiria, salientou os principais problemas da freguesia, apelando á participação e ao diálogo de todos os Vieirenses e Marinhenses.

Por sua vez, Amândio Fernandes, candidato à Câmara Municipal, afirmou: "o Bloco de Esquerda não tem neste concelho nenhuma candidatura personalizada, eu sou simplesmente o primeiro de uma lista de homens e mulheres que acreditam e desafiam algo diferente..."

"O que se passou na Marinha Grande, nos últimos 35 anos, salvo raras e merecidas excepções, é mau de mais para ser verdade. Tem que se mudar a relação da população com os órgãos autárquicos, têm que nos ouvir, têm que saber que se espera tempo demais nos departamentos da Câmara, há pessoas à espera de uma audiência há vários meses. As mulheres e homens da Marinha Grande, têm que poder dizer o que pensam e têm que poder contar os seus problemas, quer na Câmara quer na Assembleia Municipal... Quem ao longo dos tempos acompanha as Assembleias Municipais da Marinha Grande sabe bem do que falamos..." concluiu Amândio Fernandes.


CS


Comício na praia de Vieira de Leiria




terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ajudas aos bancos em bancarrota serviram para pagar bónus de milhões


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03-Ago-2009
protestos contra o bail out nos EUA em 2008Nove das instituições financeiras resgatadas pelo programa de recuperação de activos da administração Obama pagaram, em 2008, prémios individuais a executivos superiores a um milhão de dólares (mais de 711 mil euros) nos Estados Unidos da América, segundo revela um relatório divulgado pelo procurador-geral do estado de Nova Iorque. Os três maiores bancos juntos pagaram prémios de mais de 19 mil milhões de dólares.

Recorde-se que os bancos foram ajudados por dinheiros públicos ao abrigo de um programa de recapitalização das instituições financeiras.

O procurador do estado de Nova Iorque, Andrew M. Cuomo, criticou os elevados prémios atribuídos pelos bancos em situações de bancarrota. Os bancos de investimento Citigroup e a Merrill Lynch registaram em 2008 perdas de mais de 27 mil milhões de dólares. Mas isso não impediu os bancos de pagar altos valores em prémios aos executivos que colaboram com as instituições.

O Jornal de Negócios revela alguns dos números: O Citigroup pagou mais de 5,3 mil milhões de dólares em prémios e a Merril Lynch 3,6 mil milhões de dólares. A Goldmann Sachs pagou bónus duas vezes acima dos lucros obtidos (2,3 mil milhões). A JP Morgan pagou 8,7 mil milhões em prémios, número superior aos resultados apresentados (5,6 mil milhões). A Morgan Stanley pagou bónus 4,5 mil milhões de dólares, tendo recebido do programa de recuperação dos bancos 10 mil milhões de dólares.

Os números divulgados pelo relatório procurador-geral nova iorquino referem-se a instituições resgatadas no “bail-out” do Troubled Asset Relief Program (TARP), um plano de recapitalização dos bancos com fundos públicos. O procurador afirmou que "não há razoabilidade na forma como os bancos compensam e remuneram os seus colaboradores".

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Zeca Afonso nasceu há 80 anos


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02-Ago-2009
José Afonso nasceu em 2 de Agosto de 1929Comemora-se neste dia 2 de Agosto os 80 anos do nascimento de Zeca Afonso. A Associação José Afonso (AJA) anunciou, neste Sábado no Porto, o projecto "80 anos de Zeca" que pretende comemorar o aniversário "do poeta, cantor andarilho e cidadão" com centenas de iniciativas, ao longo de um ano, entre o Norte de Portugal e a Galiza.
Aceda aqui ao Dossier Zeca Afonso, publicado pelo esquerda.net em 2007.

Segundo a Lusa, Paulo Esperança anunciou em conferência de imprensa que a AJA lançou o desafio a 80 entidades para se juntarem às comemorações com actividades diversificadas para dar a conhecer a vida e a obra de Zeca Afonso. Já aderiram cerca de entidades, entre as quais associações culturais, sindicatos, companhias de teatro, escolas, fundações e universidades.

"Queremos pôr o Zeca na rua. Queremos levá-lo tanto ao bairro São João de Deus como à Casa da Música", disse Paulo Esperança na apresentação do projecto. Paulo Esperança salientou também que: "O projecto não é só para a geração que se habituou a ouvir Zeca Afonso. É para dar a conhecer a sua a obra a todas as gerações e, por isso, as escolas são fundamentais neste processo".

A primeira iniciativa do projecto será uma banca Zeca Afonso no Grémio Literário do Porto, com diversos materiais alusivos à sua obra, que será inaugurada neste Domingo às 12.30 e estará patente até 1 de Agosto de 2010-

A segunda iniciativa será um concerto de apresentação do disco do "Quarteto Vintage" nas instalações do Império da Girafa, no Porto.

O núcleo do Bloco de Esquerda de Setúbal também assinala a data, transmitindo no stand do partido na Feira de Santiago o último espectáculo de José Afonso, no Coliseu de Lisboa, às 21.30 horas deste domingo

Novas provas de falsos recibos verdes na ACT


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ACT tem juristas em situação contratual ilegal, mas o inspector geral nega
22 juristas que trabalham para a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) denunciaram que trabalham numa situação ilegal, como falsos recibos verdes. O inspector geral do trabalho, Paulo Morgado de Carvalho rejeita a versão dos juristas, nega que os tenha ameaçado e reafirma que estão em situação legal. O Ferve apresenta agora novos dados que confirmam a ilegalidade da situação contratual dos juristas.

Em Junho passado, 22 juristas denunciaram falsos recibos verdes na ACT, posteriormente acrescentaram que o Ministério do Trabalho não os recebeu, que o inspector geral do trabalho os ameaçou e que 2.000 processos podem prescrever na ACT.

Na passada Quinta feira, Cristina Andrade do Ferve denunciou na TSF "o paradoxo" da promessa inserida no programa eleitoral do PS, quando na própria Autoridade para as Condições do Trabalho a lei está a ser violada. Em resposta, Paulo Morgado de Carvalho negou a ilegalidade da situação contratual dos juristas, argumentando que eles celebraram "de livre e espontânea vontade um contrato de avença".

O Ferve considera esta afirmação de Paulo Morgado de Carvalho de "extrema gravidade" e "inaceitável" numa entidade que deve fiscalizar as condições de trabalho, por pressupor que "a ilegalidade não reside em quem propõe uma contratação ilegal, mas sim em quem aceita".

Mas o Ferve apresenta agora novos dados que confirmam a ilegalidade da situação contratual dos juristas da ACT:

"- Executam funções permanentes e essenciais da ACT, como tal não podem ser prestadores de serviço a recibos verdes;
- Asseguram a instrução das contra-ordenações laborais (actividade que não pode ser desenvolvida fora das instalações da ACT)
- Asseguram o serviço informativo (que decorre durante o horário de expediente da ACT ou seja das 9h00 as 12h30 e das 14h00 às 17h30 (mais uma actividade que só pode realizar-se nas instalações da ACT)
- Recebem ordens directas por parte dos directores;
- Não têm autonomia jurídica;
- Não recebem subsídio de férias, nem de Natal, nem subsídio de alimentação mas têm direito ao gozo de um período de férias de 22 dias úteis;
- Têm o mesmo volume de trabalho que qualquer técnico superior afecto ao quadro da ACT a única diferença é o vencimento só 700€;
- Há profissionais nesta situação desde Janeiro de 2005, outros desde 2002 e 2003."

O Ferve conclui que destes dados decorre "clara e inequivocamente" que os juristas "deveriam ter um contrato de trabalho, visto não serem trabalhadores independentes".