terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ajudas aos bancos em bancarrota serviram para pagar bónus de milhões


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03-Ago-2009
protestos contra o bail out nos EUA em 2008Nove das instituições financeiras resgatadas pelo programa de recuperação de activos da administração Obama pagaram, em 2008, prémios individuais a executivos superiores a um milhão de dólares (mais de 711 mil euros) nos Estados Unidos da América, segundo revela um relatório divulgado pelo procurador-geral do estado de Nova Iorque. Os três maiores bancos juntos pagaram prémios de mais de 19 mil milhões de dólares.

Recorde-se que os bancos foram ajudados por dinheiros públicos ao abrigo de um programa de recapitalização das instituições financeiras.

O procurador do estado de Nova Iorque, Andrew M. Cuomo, criticou os elevados prémios atribuídos pelos bancos em situações de bancarrota. Os bancos de investimento Citigroup e a Merrill Lynch registaram em 2008 perdas de mais de 27 mil milhões de dólares. Mas isso não impediu os bancos de pagar altos valores em prémios aos executivos que colaboram com as instituições.

O Jornal de Negócios revela alguns dos números: O Citigroup pagou mais de 5,3 mil milhões de dólares em prémios e a Merril Lynch 3,6 mil milhões de dólares. A Goldmann Sachs pagou bónus duas vezes acima dos lucros obtidos (2,3 mil milhões). A JP Morgan pagou 8,7 mil milhões em prémios, número superior aos resultados apresentados (5,6 mil milhões). A Morgan Stanley pagou bónus 4,5 mil milhões de dólares, tendo recebido do programa de recuperação dos bancos 10 mil milhões de dólares.

Os números divulgados pelo relatório procurador-geral nova iorquino referem-se a instituições resgatadas no “bail-out” do Troubled Asset Relief Program (TARP), um plano de recapitalização dos bancos com fundos públicos. O procurador afirmou que "não há razoabilidade na forma como os bancos compensam e remuneram os seus colaboradores".

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