terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Face Oculta" chega ao CDS-PP



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10-Nov-2009
O empresário Manuel José Godinho, o único detido da operação Face Oculta, à chegada ao Juízo de Instrução Criminal da Comarca do Baixo Vouga, em Aveiro, em 30 de Outubro de 2009. PAULO NOVAIS / LUSA
Dois cheques totalizando 20 mil euros da conta de Manuel Godinho, o empresário da sucata que está preso preventivamente no âmbito da investigação de corrupção "Face Oculta", foram encontrados nas contas do CDS-PP em Novembro e Dezembro de 2001, adianta esta terça-feira oCorreio da Manhã. Na época, o partido disputava as eleições autárquicas e Paulo Portas era candidato à Câmara de Lisboa.
Não é a primeira vez que aparece o nome de Manuel Godinho associado a financiamentos de campanhas partidárias. No processo, ele é apontado como tendo afirmado a um funcionário da Refer, em Maio de 2009, que poderia financiar a campanha de um partido, que não identificou, caso fosse ultrapassado um contencioso com a empresa.
Em reacção à notícia, o secretário-geral do CDS/PP, João Almeida, afirmou que o seu partido não tem conhecimento de qualquer donativo de Manuel Godinho. "Não consta das contas de 2001, e não consta das contas centrais nenhuma transferência, nenhum cheque, em nome da pessoa em causa. Portanto, não aconteceu para as contas centrais do partido", garantiu, no final de uma reunião do Conselho Nacional do CDS-PP. João Almeida admitiu, porém, que "a única hipótese, a ter existido esse donativo, é de ele ter sido feito para alguma campanha ao nível local".
Pinto Monteiro cria suspense
O procurador-geral da República negou segunda-feira que tenha retido as certidões enviadas pelo Ministério Público de Aveiro envolvendo as escutas de conversas entre o primeiro-ministro José Sócrates e Armando Vara durante quatro meses. As certidões foram enviadas ao Supremo Tribunal de Justiça e já há, assegurou Pinto Monteiro, "dois despachos finais" (um dele próprio, outro do Supremo Tribunal de Justiça) sobre o assunto. A primeira certidão enviada ao Supremo "foi despachada em Setembro", disse o PGR, sem no entanto esclarecer o essencial da questão: a certidão que envolve Armando Vara e José Sócrates deu origem a uma investigação autónoma ou foi tudo arquivado?

af


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