domingo, 21 de junho de 2009

Como é possível?

Louçã: “Como é possível que os ex-ministros não tenham uma palavra sobre a máfia financeira?”criar PDFversão para impressãoenviar por e-mail
20-Jun-2009
Louçã considerou que o manifesto “é uma espécie de Olimpo do bloco central, em que vão buscar uma série de ex-ministros todos eles de pouca fama”
Francisco Louçã falou neste Sábado em Coimbra sobre o manifesto de 28 economistas sobre investimentos públicos, tendo questionado:
"Como é possível que alguns ex-ministros se reúnam e apresentem ao país um manifesto de como a economia deve ser governada e não tenham uma palavra sobre a máfia financeira, os conselhos de administração que eles frequentavam com todo o deleite, nem uma palavra sobre as perdas brutais de buracos negros em bancos".

Os 28 economistas subscreveram um manifesto onde apelam ao primeiro-ministro José Sócrates para reavaliar os investimentos públicos nos projectos do TGV, novas auto-estradas e futuro aeroporto de Lisboa.

Louçã considerou que o manifesto "é uma espécie de Olimpo do bloco central, em que vão buscar uma série de ex-ministros todos eles de pouca fama" e questionou: "Ora vejam Eduardo Catroga, Miguel Cadilhe, Bessa, Campos e Cunha, tudo ministros que entraram e saíram e, por isso, nós podemos perguntar: se sabiam muito o que é que fizeram?"

O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda considerou que as "obras públicas são importantes", salientou que "a prioridade dos investimentos deve ser clarificada com respostas essenciais" e concluiu, sobre os ex-ministros:

"Como é que responderam ao horror económico? Com leis como o Código do Trabalho, que aumenta a precariedade e políticas económicas que facilitam o lay-off e os despedimentos. Isto é o resultado da política quando tomaram decisões".

Por fim, Francisco Louçã criticou Sócrates por ter dito que os indicadores do INE sobre a vida económica "são animadores", interrogando: como é que "se pode dizer que há alguma animação quando o desemprego ultrapassa as 500 mil pessoas, continua a aumentar o trabalho precário, no trabalho temporário estão 400 mil, os contratos a prazo são um em cada três trabalhadores, o desemprego atinge um em cada 10, menos aqueles que as estatísticas não contam".

A intervenção de Louçã foi feita nas jornadas autárquicas do Bloco de Esquerda de Coimbra, onde foram apresentadas as candidaturas do Bloco à Câmara e Assembleia Municipal daquele concelho.

ab

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