sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Resto Zero

Agora que parece que começou a assentar alguma poeira eleitoral, será talvez tempo de pensar um pouco, não de fazer balanço, porque este foi feito dia 11 de Outubro e o povo tem sempre razão. Mas em politica, tudo o que parece é! Realmente houve candidaturas que se apresentaram com uma capacidade financeira, que a mim me surpreendeu…a bem da verdade não foi só a mim. È claro que esta capacidade financeira se traduziu em cartazes e toda a parafernália de marketing político que “apreciámos”, vimos, revimos e mentalmente “encaixámos”. Quer se queira quer não queira, conta…”Quantos mais balões tem a festa, maior e melhor é a festa”. Mas a festa chega ao fim e é necessário fazer contas e eu estou mesmo a falar de contas, do “cacau”, daqueles tostões que temos que levar ao mercado para trazer de comer para casa…exactamente, é desse que estou a falar. Em conclusão, a festa acabou, têm que se apresentar contas da festa, para chatear as contas da festa autárquica têm regras, o que será uma chatice… digo eu. Provou-se também que trabalho dá resultado, parabéns portanto a quem daí tirou proventos.

 Assisti na semana pré-eleitoral a uma catrefada de comentários de vários quadrantes políticos em favor “da sua dama”. Assisti inclusive a uma “cacicada”, que julgava já fora de tempo, constatando afinal que é ainda actual. Ou seja, o apoio num jornal local, de um conjunto de empresários ao PSD (podia ser um outro partido qualquer), antigamente isto fazia-se para que todos os que dependiam da folha de ordenado de determinado empresário, soubessem que tinham que votar no candidato do patrão, senão… Quero crer que não foi o caso, penso que foi mesmo e só, o apoio ao Dr. António Santos, profissional das finanças, e por casualidade cabeça de lista do partido mencionado.

 Perguntar-se-ão, mas não fala do Bloco? Claro que falo… O Bloco de Esquerda saiu mais fortalecido, mais combativo, conhecemos, contactámos e conseguimos trazer para o nosso seio, homens e mulheres jovens que serão capazes de dar continuidade ao nosso trabalho. Não tenho vergonha nem pena do tempo…do trabalho e das noites sem dormir, nem sequer das atoardas de alguma comunicação social, perfeitamente consciente que nos estava a prejudicar, mas tudo faz parte da aprendizagem. O BE tem só 10 anos e as autárquicas requerem tempo, lá chegaremos dando sempre a cara, conscientes da integridade das nossas causas e das nossas propostas. Eu pessoalmente estarei atento a promessas feitas à minha frente, cara a cara.

Boa sorte ao executivo camarário e essencialmente que execute!

 PS.(1): Sobre a minha presença em eventos culturais ao mesmo tempo que Álvaro Órfão…francamente… claro que não vamos aos mesmos acontecimentos culturais, pensei que fosse claro para si, se não foi, passa a ser.
 PS.(2): è mesmo uma tristeza a rede eléctrica que nos assiste na Marinha Grande, basta caírem uns pingos e os PT’s “berram”. É uma vergonha e deveria ser demonstrada a quem de direito. Foi privatizada para melhorar, não foi?

 Amândio Fernandes

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